Zagueiro. Coringa. Viciado em futebol
Meu nome é Vitor Melcop, tenho 24 anos, sou jornalista e já quis ser jogador de futebol
Esta é a história de Vítor, jovem jornalista que a contou para mim a partir de sua confortável varanda no bairro da Torre, Zona Norte do Recife. Quebrei a cabeça para encontrá-lo como personagem. Nem imaginava que poderia ter sido bem mais fácil. Um colega de estágio conversava comigo sobre graduação e mencionei meu TCC. "Cara, eu tenho um personagem! Vou te passar o contato. Ele é jornalista e se chama Vitor". Eis o seu relato de vida no futebol, através de sua voz.
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Panorama geral
Desde sempre eu já queria. Muita criança quer ser jogador de futebol e comigo não foi diferente. Meu pai e minha mãe sempre me apoiaram. Meu pai, fotógrafo, tricolor fanático, chegou a carregar tijolo para ajudar a construir o Arruda. Minha mãe, professora. E já na escola, os professores sempre diziam para eu entrar em algum clube, no futsal, que é por onde se começa a base. Aos oito anos, eu entrei no Santa Cruz, e sempre com o apoio total. Meus pais sempre me levaram aos treinos, ao jogos e às competições, tanto aqui no estado quanto fora. Então apoio nunca foi um problema.
Aí, fui jogando, as coisas foram começando a acontecer, até que, aos 15 anos, migrei para o campo. Ou melhor, comecei a aliar campo com salão. Treinava à tarde no campo e à noite no salão, ambos no Santa Cruz. Até que num momento não foi mais possível. Tive que escolher e o clube meio que impôs isso também. Há sempre um temor de que você possa se machucar em um e prejudicar o outro, e por aí vai.
No campo, joguei do sub 15 até júnior, o sub 20. Cheguei a treinar entre os profissionais. Dado [Cavalcanti, ex-treinador coral] me subiu para o profissional, em 2009. Ele também tinha acabado de subir, tinha a Copa Pernambuco, aquela coisa toda, do Santa todo esfacelado, remendado, por conta das constantes descidas de divisão. Treinei, não cheguei a jogar, mas estava lá dentro. Até que, em 2010 ou 2011, por causa de divergências com a diretoria do clube, uma nova comissão técnica chegou ao sub-20 e termiinei saindo. E aí, para conseguir minha liberação, que o clube não queria dar... ficou aquele impasse: a diretoria não queria me liberar e o sub-20 já não me queria mais, foram dois meses nesse vai-não-vai. E jogador de futebol só aparece se estiver jogando. Só fui conseguir pouco depois do começo do ano, com a temporada já rolando, perdi o primeiro turno todo [do estadual].
Foi aí que apareceram outros problemas. “Vou jogar onde?”, perguntava-me. Primeiro turno já rolando, os times já formados. Então fui emprestado, até mesmo para manter o ritmo de jogo, para terminar o Campeonato Pernambucano na Cabense. Quando acabou, o Santa nos chamou de volta. Éramos quatro jogadores. Três foram para a Cabense e um, não lembro para onde. Os meninos voltaram, mas eu fui para a Europa. Surgiu uma oportunidade de ir jogar na Espanha.
Só que, quando cheguei lá, tudo o que fora prometido e combinado simplesmente não existia. Dois senhores, que hoje até são conhecidos no futebol pernambucano, me incentivaram aí. Quando cheguei, nada aconteceu. Ninguém me atendia. Fiquei três meses nisso. A sorte foi que eu tinha o auxílio do pai da minha namorada, que é espanhol. Então fiquei na casa dele. Minha única movimentação era ir à academia e manter a forma. Tive que ficar batendo à porta dos clubes em Valência. O padrasto do meu primo, também espanhol, me falou do surgimento de um clube lá na cidade, que iria jogar na Terceira Divisão, o Huracán. Eu já não tinha o que fazer, né? Fui lá. Bati na porta achando que jogaria no sub 20, mas a categoria lá era até sub 18, e eu já tinha 19. Ou seja, eu já seria profissional. Mas como a Espanha é cheia de times “A”, “B” e “C” – como Real Madrid Castilla e Barcelona B -, fiz um teste no time B (o fato de ser brasileiro, acredito, me abriu essa porta) e passei, joguei a temporada toda lá. Cheguei a treinar com o time A, voltava, mas não atuei pelo principal.
Quando acabou, voltei para o Brasil e desisti. Comecei a pensar em outras coisas, até para não atrasar a vida. Com a idade que eu estava... ainda dava? Dava. Mas se você não tiver o feeling certo sobre o “vai-não-vai”, acaba perdendo muito tempo. Foi o momento em que achei que deveria parar. Comecei a faculdade de Jornalismo e tô me formando agora, neste ano, na Maurício de Nassau. Fica mais próximo de casa, vou andando, é tranquilo.
Zerando o cronômetro
- Dentro de campo
Mas, voltando ao princípio... eu sou destro e comecei como zagueiro. Do sub-15 até o sub-17, sempre fui um dos mais altos do time. No salão também. Sempre jogava mais defendendo do que atacando. No júnior, que foi quando fui para a Espanha, fui deslocado para atuar como volante. Por quê? Para zagueiro, o padrão do futebol brasileiro hoje em dia é de “jogadores de basquete”. De no mínimo 1,85m, e eu tenho 1,80m. Então eu sou um “zagueiro baixo”.
Porém, eu tinha uma certa técnica, uma saída de bola bem legal. Então havia essa vantagem, de conseguir me adaptar em outra posição. Possuía bom posicionamento e saía bem com a bola. Lá na Espanha, pelo fato de já ter essa qualidade, o treinador me colocou como lateral-direito, porque o lateral [titular] se machucou, e eu fui bem e fiquei. Aí, quando ele queria mudar no jogo, tirava um volante e me botava no lugar. Quando queria mudar de novo, tirava um atacante e me botava de ponta... e foi me utilizando em várias posições durante uma mesma partida.
Por um tempo, joguei como zagueiro também, porque os dois estavam suspensos e só tinha mais um. E na Espanha nem tem isso de altura para zagueiro. Tanto é que [Carles] Puyol tem 1,78m e foi um dos maiores zagueiros do futebol espanhol e do mundo.
- Lá atrás: o começo, ainda fraldinha, e inspirações
Para ser jogador, eu não tive inspirações. Era mais a “secura” da bola mesmo, sempre fui “secão”. Se não tinha bola, a gente arrumava saco plástico e fechava com fita... e assim ia. Aquela secura mesmo de criança, cansei de perder o “samboco” do dedo chutando o asfalto. Mas nunca tive uma pessoa que me fizesse dizer: “não, quero ser jogador por causa dele”.
Depois que eu já tava dentro, no campo, é que fui me inspirando. Tipo Juan, que era um zagueiro técnico, sempre gostei muito dele – falando mais do futebol brasileiro –. O Juan era o cara que eu mais olhava e dizia “quero ser esse cara”. Na realidade mais próxima, no Santa Cruz... foi uma fase ruim. Não havia muitos jogadores de renome, jogadores conhecidos. Tinha Sandro (zagueiro com passagens também por Sport, Santos e Botafogo), um cara em que você podia se espelhar pela carreira vitoriosa. Mas como a gente estava dentro, tinha aquela questão da proximidade. Só que nada muito grande. Tinha Hugo, zagueiro que também estourou surgido da base [em 2007], que me inspirava no sentido de “pô, quero que isso aconteça comigo também”, mas não cheguei a jogar junto com ele. De qualquer forma, era alguém em que nos espelhávamos porque ele era como se fosse um da gente.
Os professores
Em relação aos treinadores que mais me marcaram, citaria o primeiro do campo, Hélder, do Santa Cruz. Cara fantástico. Sabia como mexer com todo mundo. O treinamento dele era fora de série, um cara que entende muito de futebol e entende muito de motivação. Tinha jogo que a gente saía contra times menores, porque na base você praticamente só enfrenta time pequeno, time de bairro... aí, num jogo que a gente nem estava perdendo, mas tava mal, ele olhava prum lado e pro outro pra ver se os pais dos meninos não estavam olhando... porque no sub-15, se o treinador soltar um palavrão, tem pai que aceita de boa, tem outros que acham ruim, que não aceitam -, e dava uma esculhambação no time. Mas era uma esculhambação que você via que era para subir, não para botar para baixo.
Outro também era Moura, do sub-17. Ambos acreditavam muito em mim. Sempre fui capitão com os dois. Moura sempre pegou muito no meu pé e Hélder era mais o "paizão". Eles sempre viram muito potencial em mim. Mas Moura era como se fosse um vilão para mim. Ele pegava tanto no meu pé que eu achava que ele não gostava de mim. Só que, depois, você vai vendo a situação como é. Ele não pegava no pé de outras pessoas. Era aquela coisa de "eu sei que você pode dar mais, eu vou te cobrar mais". E eu sempre acreditei muito em mim, "se eu não acreditar, ninguém vai acreditar". Se não chegasse demonstrando confiança, por mais que às vezes você chegue no jogo não estando 100%, as pessoas não iam te dar valor.
Período de transição e conciliação
Passando para a adolescência, conciliar futebol com os estudos foi um grande problema para mim. Minha mãe, professora, sempre dizia que eu não ia parar de estudar, e eu dizia “tá certo”. Até o sub-20, que começa aos 18, foi tudo tranquilo, aula normal, porque sempre o treino era à tarde, então dava para estudar pela manhã. No sub-20 em si, mudou, porque a gente começa a treinar de manhã e à tarde. E escola boa, à noite, é muito difícil encontrar por aqui.
Então ficou nessa. “E agora?”, “e aí, o que se faz?”. Então minha mãe fez “não, você não vai parar de estudar”. Aí fui me virando. Ia conversando com os professores, vendo no que dava. Se faltava, pegava material com colega, e fui. Teve um ano em que fiquei sem estudar, 2007, se não me engano. Foi quando fui para o Flamengo e passei um ano lá. Não pude estudar o primeiro ano do ensino médio e minha mãe ficou doida. “Vá arrumar um colégio, não sei o quê!”, professora, mãe, né? Já meu pai sempre foi mais tranquilo, mais intermediador entre eu, que queria jogar, e minha mãe, que queria que eu jogasse, mas não deixasse de estudar. Ele fazia o meio-campo.
Liderança nata em meio à terra arrasada
Vários momentos me marcaram muito enquanto joguei futebol, como o que falei, sobre a ida à Espanha. Agora algo que sempre converso com as pessoas, inclusive com outros jornalistas que souberam que eu já tinha jogado e que estiveram na mesma situação em que tô agora, é a questão da safadeza no futebol, que existe. Principalmente na base, porque a base não é vista por ninguém de dentro do clube - presidência, diretoria do futebol profissional -. É como se fossem dois mundos separados. Então a safadeza lá é muito grande e não sai, a imprensa não fica sabendo de nada, os torcedores não ficam sabendo de nada, e a diretoria de cima, do profissional, não fica sabendo de nada.
Que tipo de safadeza? Do tipo, quando cheguei nos juniores, no sub-20, a gente foi obrigado a assinar o contrato de formação com o clube. Quem não assinasse - não era obrigatório para jogar, não era uma exigência da Federação -, iria ser dispensado. E era uma ajuda de custo que eles iriam dar, sei lá, 300 reais, uma coisa irrisória para um clube de futebol grande, feito o Santa Cruz. Com essa imposição deles, já que a gente teve que assinar, a gente começou a cobrar também a ajuda de custo. Passava-se 90, 120 dias e a gente não recebia um real.
Tinha meninos que jogavam comigo que às vezes iam me pedir... tipo, minha família não é rica, mas também nunca me faltou nada. Tinha uns meninos que não tinham condições, que pegavam passagem emprestada com o vizinho para ir treinar, mas que em casa às vezes faltava uma alimentação adequada para um atleta. Véspera de jogo, tinha gente que vinha me pedir para dormir na minha casa para poder se alimentar bem.
Isso tudo o clube sabendo. Porque o Santa não oferecia uma estrutura, como, em véspera de jogo, dar uma alimentação, uma concentração. Não que fosse pra todo mundo, pelo menos para os que mais precisavam. Não existia. Quando subi para o sub-20, eu era um dos capitães. Não tinha uma eleição para dizer "ah, fulano vai ser o capitão do time". Os outros que vinham falar comigo para eu ir falar com as pessoas. Exatamente pelo fato, creio eu, de ter uma vida tranquila em relação a tudo, porque sempre fui treinar de carro com meu pai, depois dos 18, ia de carro sozinho... e sempre teve esse respeito. Porque sempre viajei, tinha férias, e os meninos não tinham para onde ir. Então sempre teve essa coisa de "ah, por ele ter um pouco mais de instrução, a gente recorre a ele e ele briga pela gente", e eu ia brigar pelo time.
Não havia aquele distanciamento por eu ter mais recursos e eles, menos. Nunca quis mostrar que eu tinha mais condições - nunca fui rico, mas não tinha por que chegar e mostrar pro menino que vinha me pedir ajuda que eu tinha mais dinheiro que ele. Pelo fato de não mostrar isso, eles sempre me respeitaram muito bem. Então nunca tive problemas com isso.
E também pelo fato de comprar muito a briga pelos outros - porque, tipo, 200, 300 reais na minha vida não ia mudar muito, mas via que ia fazer diferença para outras pessoas -, aí eu tomava a frente. Aí, um dos motivos para eu ter saído do Santa Cruz foi isso, porque eu batia muito de frente, com a diretoria da base.
Em uma dessas situações [de atraso no pagamento], a gente fez uma greve. Tinha jogo, todo mundo tava lá, todo mundo se preparava, mas ninguém desceu [pro campo]. Ninguém recebia, e a gente tinha assinado o contrato, e na hora do pagamento, ninguém dava uma satisfação. Era sempre "semana que vem a gente paga". Aí chegava na semana seguinte e "na próxima segunda a gente paga". Na segunda, nada. E sempre tinha um negócio de próximo, próxima, e nunca acabava.
Eles ficaram putos. E ai, sem saber o que fazer, o treinador ficou puto também, porque a gente tava jogando o Pernambucano sub-20. Aí eles correram atrás. Disseram que o dinheiro tava com a diretoria do profissional. Fomos alguns lá falar com o pessoal do profissional. Quando chegamos lá, os caras "não, a gente já mandou o dinheiro para a base, faz tempo. Eles não pagaram a vocês não?", "não", "mas já tá lá". Então a gente voltou, e aí dissemos para o pessoal da base: "ó, eles disseram que o cheque tá aqui". A gente colocou os caras contra a parede. Já tinha tido greve um dia, mais um dia a imprensa ficaria sabendo e a merda iria virar boné ou algo muito pior. Aí os caras começaram a contra-atacar. Eles sabiam que comigo ou com o outro que tava junto brigando por isso, não ia colar, porque a gente ficava enchendo a cabeça dos outros,
Eles começaram a falar pros outros meninos, que tinham menos instrução, e eles começaram a ficar com medo de brigar pelas coisas e terminar sem dinheiro. Terminou que, nessa confusão toda, os meninos disseram pra gente deixar isso pra lá e esperar até tal data que disseram que iam pagar. Até que realmente pagaram.
E eu era uma liderança, me desgastava mesmo. Aí, quando mudou a comissão técnica, eles começaram a minar as lideranças que brigavam com eles. Isso nunca chegou a ir à imprensa em canto nenhum.
Às vezes bate a saudade, isso é normal, ao ver o pessoal que jogou comigo hoje no profissional. Mas não é um sentimento de inveja. É um sentimento de “eu também poderia estar aí, fazendo sucesso, também poderia estar com eles”. Sempre torci muito pelos meninos, tanto é que, por exemplo, Giba [Gilberto, atacante ex-Santa, Sport e Vasco], que tá hoje no Chicago Fire-EUA... jogou comigo, sempre tenho acompanhado como tá o campeonato, como ele tá, se tá jogando, se não tá. Memo, que hoje em dia tá jogando lá pelo lado de Goiás, mesma coisa. Natan também. Sempre tive esse lado de torcer muito a favor. Não é só porque não obtive o sucesso, não é porque não dei certo que os caras não têm que dar.
Chuteiras penduradas e o outro lado do esporte
Então... optei por Jornalismo logo após parar de jogar, mas já era algo que eu gostava muito. Sempre tive a visão de jornalistas como quem vai ditar o que as pessoas vão consumir e podem pensar. Também sempre gostei dessa ideia de colocar um pouco da minha opinião, porque o Jornalismo hoje, mesmo que seja o mais imparcial, você tá escolhendo o que vai colocar. Então sempre gostei dessa coisa de ter essa oportunidade. Isso de gerar conteúdo para as pessoas conversarem, debaterem, se informarem.
Até que comecei a me desiludir um pouco. Estagiei em alguns veículos e gostava de Jornalismo político. Aí entrei na assessoria do então governador Eduardo Campos. Então, vendo as coisas de dentro, como são, eu meio que “essa área eu não quero mais não”.
Depois de um tempo fui para a TV Clube, com Roberto Nascimento, no Superesportes. Passei um mês. Depois, Roberto, que também toma conta da Rádio Globo, me chamou para lá, eles tinham aberto duas vagas e passei quase um ano, onze meses e quinze dias. Gostava muito, porque estava cobrindo futebol, só que, ao mesmo tempo, ia vendo como a classe é desunida. Não é só o radialista, só da pessoa do impresso. É o geral. Eu tô fazendo Jornalismo, mas tinha gente que trabalhava comigo que não tinha essa formação de jornalista, tinha formação de radialista, ou até não tem formação nenhuma, mas até pelo fato de estar há muito tempo [no meio], ele tem o direito de trabalhar naquela área.
E eu via que tinha muito preconceito, tanto de uma área quando da outra. Do jornalista formado do impresso com o radialista... e assim ia e eu ficava no meio, porque sempre fui, tipo, "pra mim tanto faz". Sempre me relacionei bem como todo mundo, tanto é que hoje eu saio com pessoas de todos os veículos, TV, impresso, internet, rádio, mas comecei a me afastar um pouco. Até por conta dessa falta de união. Pessoal de rádio não tem essa união que eu imaginava. As coisas são muito mais complexas quando você vê de dentro. Então eu disse "não, agora eu não quero trabalhar de repórter mais não".
Presente perfeito do indicativo e futuro do presente
Hoje eu tenho minha pelada, dia de terça e quinta, e no final de semana às vezes, com os amigos. A gente vai atrás de amistoso, de campeonato, aí junta dinheiro com o pessoal para inscrição, para comprar material, essas coisas.
Agora eu tô sem estagiar, porque tô nessa correria da conclusão do curso, mas buscando coisas na área que quero. Quero trabalhar na área da comunicação esportiva, mas algo mais voltado para o marketing. Vou usar o Jornalismo? Vou. Só que não reportando, não assessorando. Vou tentar outra função.
É meu desejo voltar para o esporte em geral. A porta de entrada pode ser o futebol? Pode, mas é o esporte em geral porque a área em que quero trabalhar é essa, da comunicação esportiva.
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A vida de Melcop me prendeu muito a atenção. As histórias que ele contou, em tantos aspectos, são bastante semelhantes à minha própria. Enquanto ele dava a entrevista, minha mente se dividia entre montar dois enredos: o dele, enfentando os problemas na base do Santa Cruz e na Europa, e o reboot da minha vida no meio do futebol, do começo na escolinha até a lesão no joelho que cortou meu sonho de ser goleiro. Ambos convergem em um determinado ponto, a paixão pelo futebol e pelo Jornalismo. Eu me despedi de Vitor e sua família prometendo mostrar o trabalho muito em breve. "Valeu, brother", não cheguei a dizer.




